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Israel (oh não, vamos levar com um ataque bombista em cima) é talvez uma das sociedades mais interessantes porque a necessidade de sobreviver significa que muitos elementos daquilo que nós rotulamos como esquerda e direita coexistem lado a lado. Um pouco como acontecia no ocidente durante a guerra fria. Eu olho com muita suspeita para com o individualismo extremo, talvez porque quando era mais jovem o defendia em certa medida porque era egoista. Não sei porquê, e pode ser uma prova anedótica, mas com a maturidade vem uma certa dose de compaixão e respeito pela comunidade que não temos em jovens (a não ser, claro, que se seja psicopata como 1 em cada 5 CEO: https://www.cnbc.com/2019/04/08/the-science-behind-why-so-many-successful-millionaires-are-psychopaths-and-why-it-doesnt-have-to-be-a-bad-thing.html) A realidade é que estamos todos no mesmo barco mesmo não sendo todos iguais, e a nossa educação devia dar-lhe mais ênfase. Mas chegámos a um momento em que muitas pessoas leem citações de um líder cívico como o Eisenhower e pensam que estamos a falar de socialismo... Quanto ao reflectir e analisar, a sociedade moderna neoliberal realmente não dá muita abertura para isso. É irónico pois os computadores supostamente iam permitir uma sociedade menos intelectualmente opressiva, mas cá estamos. Um ano de falha no CV é fatal. Tudo é quantificável e transformavel em dados: desde filmes ao amor. Hobbies, paixões, interesses, tudo irrelevante para a máquina. E claro, abriu-se as portas à China, e manteve-se essas portas abertas apenas por ganância, precisamente para se matar essa sociedade de bem-estar que se começava a formar na Europa e EUA. Parece quase um argumento de esquerda, mas a sociedade actual arrelia-me como alguém de direita. "A comunidade é para esquecer, tens que fazer é networking. A Nação é irrelevante, obsoleta. A família não importa, compra um cão, a empresa é mais importante. Acreditar em algo que não seja a marca, é parvo, crenças não importam no "fim da história"..." O curioso é que o livro "O homem light: uma vida sem valores" acaba por ser mais relevante hoje do que a burrice do infame livro "O fim da história e o último homem". Mas pronto, termino o meu estranho e destrambelhado rant existencialista com este sketch: https://www.youtube.com/watch?v=hkCR-w3AYOE Lusitanialand, Herya, Olarista, and Zakrya |