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34 capítulos neuróticos, de gritos e choros, pandemónio geral e nervos à flor da pele, um bom choque com a sociedade vitoriana sobre a qual costumamos ler. A progressão das personagens é espantosa: Heathcliff, Catherine, Earnshaw, Linton, parecem no fim do livro pessoas reais com as quais convivemos diariamente! Verdade seja dita só o li por causa da canção da Kate Bush, mas foi a escolha acertada para umas férias no Algarve. ~ Alentejo and Algarve

Tal como todos os livros de autores russos, é uma história pesada portanto talvez não seja recomendável para leitores menos experimentados. Passado na Rússia de meados do séc. XIX, centra-se na vida de um ex-estudante pobre e nos conflitos interiores deste personagem, de natureza essencialmente niilista. É de leitura obrigatória para qualquer pessoa que queira ler os grandes clássicos da história. ~ Lusitanialand

Não li o livro, mas parece-me que a autora no decurso dele comeu, orou, e amou. Visto que não é para maiores de 18 acredito que não é um livro pornográfico, logo o titulo é algo enganador. Deduzo que tenha usado garfo e faca, mas por outro lado isto parece coisa escrita por menina hipster caviar, logo é possível que tenha comido com as mãos. Também orou, e face à possível falta de conteúdo erótico, tudo indica que será yoga ou uma treta assim. E a jovem ainda amou, tal como eu amo nunca ter lido o livro. No geral, excelente para matar moscas ou outros insectos, recomendo, cinco estrelas.. ~ Peterandia

As três obras compõem a trilogia "O Longo Século XIX" e são uma excelente forma de compreender uma das épocas que mais abalou o rumo que o planeta tomou. Eric Hobsbawn, um marxista convicto, consegue a proeza de ter historiadores ligados a sectores de direita como Niall Fergunson (cuja obra também é recomendada pelo autor deste texto) a aplaudir o seu trabalho. Não é uma obra definitiva, mas é sem dúvida um grande começo para quem quer conhecer o passado de forma a compreender o presente.

PS: Deixo de fora o quarto livro da série "A Era dos Extremos", que considero o mais "politizado" de todos. Embora seja uma boa leitura, creio que não é um ponto de começo para compreender história visto que é nesse livro que as convicções do autor começam realmente a afectar a imparcialidade da obra. ~ Peterandia

Não li, mas o título é engraçado ~ Blasiu

A história passa-se num sanatório destinado ao tratamento de doenças respiratórias localizado em Davos, nos Alpes suíços, pouco antes do começo da Primeira Guerra Mundial. O sanatório forma um microcosmo europeu. Muitos dos personagens do livro são representações de tendências de pensamento que predominavam na Europa e debatem entre si. No entanto, o espírito da época começa a mudar e a radicalização da sociedade vai afectando sucessivamente todos os clientes do sanatório. Um bom livro para o Verão, de um grande escritor, ideal para jovens interessados em filosofia, história, política e boa literatura. ~ Lusitanialand

É um livro interessante. Não foi por acaso que este tenha sido o primeiro livro do Eça que fosse também o seu primeiro romance. Mas neste livro também vemos uma crítica ao catolicismo em geral como também acaba por ser uma crítica ao povo português e aos seus hábitos na altura em que o pobre Eça viveu. Recomendo o livro, já que é uma boa literatura. ~ NorthPortugal

Uma excelente biografia daquele que foi a das figuras mais importantes do nosso país no primeiro quartel do séc. XX.~ Ofiussia

Apesar de não ser um grande fã do Rui Tavares, tenho de lhe tirar o chapéu por este livro. Um livro bastante informativo e fácil de ler, em que mostra a sua opinião sobre se os conceitos de Esquerda e Direita ainda são necessárias na sociedade atual, fazendo uma reflexão sobre a sua utilidade na atualidade.~ Ofiussia

O autor escreveu esta obra após uma viagem de longa duração na então jovem república americana. O livro centra-se nas razões para o sucesso da democracia americana onde, em 1831, existia sufrágio quase universal entre os homens livres. Um livro muito interessante para perceber as origens da democracia de modelo americano, e como os EUA mudaram desde então, mas ao mesmo tempo se mantiveram relativamente similares às suas origens. ~ Peterandia

General e escritor do século 5 A.C. Sun Tzu escreveu um dos livros mais antigos de que há registo. Natural do Reino de Qi foi recrutado pelo Reino de Wu onde alcançou diversas vitórias decisivas.
O livro tem 13 capítulos fundamentais para todos aqueles que procuram melhorar as suas capacidades de liderança e/ou de organização. Ainda hoje é usado como livro base das forças armadas um pouco por todo o mundo, bem como, mais recentemente, pelas áreas comerciais e negócios que são cada vez mais competitivas.
Uma leitura curta e agradável que nos surpreende pela sua simplicidade de escrita, rara em autores tão antigos. Boas leituras! ~ Apartamento

Um excelente livro para alguém que quer começar a ser um leitor mais frequente, 20 MIL LÉGUAS SUBMARINAS é uma das obras mais reconhecidas de Júlio Verne, um dos pais da ficção científica. Tem um começo lento e talvez um pouco aborrecido, mas passados os capítulos iniciais passamos a conhecer melhor as personagens deste grande, e é mesmo enorme, livro, com conceções tecnológicas muito avançadas para a época. 8.5/10 ~ Herya

Excelente introdução ao pensamento político corporativista no Brasil associada com pesada crítica que se estende tanto ao pluralismo culturalista dos discípulos de Max Weber quanto ao estruturalismo antropológico uspiano de Lévi-Strauss. É um livro um pouco ultrapassado, primeiro pelo foco num subproletariado rural cuja importância política foi minimizada em detrimento de um agente social mais moderno, o crescente proletariado urbano; e, segundo, por maximizar a importância do racialismo. No geral, entretanto, a estrutura da obra não foi comprometida e a mensagem central preserva o sangue.

Tem como alvo principal o colonialismo mental dos antigos liberais brasileiros, tais como Aliomar Baleeiro, Prado Kelly e Otávio Mangabeira. Aborda temas como a imigração, a industrialização, o crescimento econômico, o sistema politico, a morfologia do estado, as raça e a cultura de modo geral. Recomendado para praças intelectualmente colonizadas nesses tempos de perturbação do tecido social causada por mudanças tecnológicas casadas com embates geopolíticos... ~ Blasiu

Nos anos 1930, Stalin usava o terror como método de governo, justificando-o como a maneira de preservar a revolução dos ataques dos seus inimigos internos e externos. Ao mesmo tempo, fomentava um culto da personalidade que o transformou numa espécie de deus, a inspirar activistas e simpatizantes por todo o mundo.

Com base em numerosos documentos russos e outras fontes do Leste Europeu, libertados após o fim da União Soviética, além de muitos outros documentos alemães, americanos e ingleses, o historiador Robert Gellately explica as origens da crescente influência internacional do tirano, que se iniciou nos primeiros dias da Segunda Guerra Mundial e permaneceu até hoje, muito para além da sua morte em 1953. ~ Nookie Island

O livro conta-nos a historia da Revolução do Camboja, com os Khmer-Vermelhos a implantar um regime de fome, terror e genocídio à boa maneira socialista. As edições mais recentes incluem o processo de julgamento dos Khmer-Vermelhos em 2008. Para ler e aprender, até que ponto vai o Homem, quando imbuído desta doutrina diabólica que é o socialismo. ~ Nookie Island

O "Pequeno Livro Vermelho" é uma coletânea de citações de Mao. Foi largamente impresso e distribuído na China, como instrumento de doutrinação ideológica e mobilização política, nos anos da Revolução Cultural. É um documento histórico do comunismo na China que deve ser conhecido para entendermos a barbárie causada.

O livro de Mao é precedido por uma introdução crítica escrita por Manuel S. Fonseca, intitulada "Violência, Fome e Reeducação na China de Mao". Nessa introdução o leitor encontra algumas das informações sobre o tenebroso período da história chinesa a que pertence o "Pequeno Livro Vermelho". ~ Nookie Island

É provavelmente a mais forte e a certamente a mais influente obra sobre o funcionamento dos campos de concentração e de trabalho forçado na antiga União Soviética. Logo na página 11 das 600 do livro, Soljenitsin escreve está dedicatória, levantando a ponta do véu do relato que nos aguarda: “Dedico este livro a todos quantos a vida não chegou para o relatar. Que eles me perdoem não ter visto tudo, não ter recordado tudo, não me ter apercebido de tudo.”

O livro é uma narrativa dos factos presenciados e vividos por Aleksandr Soljenitsin, prisioneiro durante onze anos em Kolima, um dos campos do arquipélago, e ainda por duzentas e trinta e sete pessoas que lhe confiaram as suas cartas e relatos: “Kolima era a maior e a mais célebre ilha, o pólo de ferocidade desse assombroso Arquipélago de GULAG, desgarrado pela geografia num arquipélago, mas psicologicamente ligado ao continente, a esse quase invisível, quase intangível país habitado pelo povo zek.”

Escrito entre 1958 a 1967, a obra foi publicada no ocidente em 1973 e circulou clandestinamente na União Soviética, numa versão reduzida, até à publicação oficial em 1989. Está obra teve grande impacto no Ocidente, particularmente entre os intelectuais. Com o relato de Soljenitsin, muitos aperceberam-se da dura realidade do comunismo e do logro em que viviam.

"GULag" é um acrônimo em russo para o termo: "Direção Principal (ou Administração) dos Campos de Trabalho Corretivo" ("Glavnoye Upravleniye Ispravitelno-trudovykh Lagerey"), um nome burocrático para este sistema de campos de concentração. No título "Arkhipelag GuLag", a palavra arquipélago, relaciona-se com o sistema de campos de trabalho forçado espalhados por toda a União Soviética como uma vasta corrente de ilhas, conhecidas apenas por quem fosse destinado a visitá-las. ~ Nookie Island

Trata-se de uma síntese, mas não uma síntese meramente didática. É um livro notável, de caráter mais interpretativo do que factual, sobre a grande tragédia do século 20 — a hegemonia letal do comunismo em vários países.

Robert Service mostra como, de certa forma, o comunismo mudou não apenas o mundo comunista, mas também as democracias ocidentais. As ideias da esquerda atravessaram fronteiras e influenciaram todos os países do mundo. ~ Nookie Island

Considero muito importante o estudo da Escola de Frankfurt que deu origem às ideias destrutivas das sociedades ocidentais, atacando o Homem, a família, a organização social, a arte e a cultura.

Esta obra mostra qual foi — e ainda é — a influência exercida pela Escola de Frankfurt sobre cultura ocidental. O livro não se limita a analisar a “teoria crítica” frankfurtiana, mas fala sobre o bem e o mal, sobre a Queda do homem, sobre a vida quotidiana, sobre a ideia do que é a arte — e não a ciência — o farol para o caminho da redenção.

O autor mostra como a “teoria crítica” libertou os demônios da Caixa de Pandora na psique ocidental, traçando uma jornada do herói, uma odisseia literária: descida ao inferno da degradação actual, causada pelo niilismo moderno, para apontar aos poucos para o alto, indicando uma salvação.

A analogia traçada entre o presente e a ópera "O Palácio de Prazer do Demónio", composta pelo jovem Schubert, evidencia o imutável desejo da humanidade de dominar as forças ocultas: bem e mal, Céu e Inferno, Deus e Satanás. Após a Segunda Guerra, o Ocidente entregou-se a um moderno palácio do prazer feito de promessas de “justiça social” e igualdade: um mundo que só se parece com o Céu. O livro não trata de como, mas por que lutar contra esse mundo de ilusões infernais prometido pela Escola de Frankfurt. ~ Nookie Island

Este pequeno livro, pouco mais de 70 páginas, examina muito resumidamente a história da STASI, serviço de segurança de estado alemão oriental, ou Staatssicherheitsdienst em alemão. Excelentemente organizada, disciplinada e implacavel, a STASI era um Estado dentro do Estado, monitorizando de perto grande parte da população, tendo nos seus registos cadastados 6 milhões de alemães orientais, cerca de 1/3 da população.


Através do seu método "Zersetzung", condicionava a vida dos cidadãos em que "tocava", destruindo tudo à sua volta, do trabalho às relações pessoais, da reputação à auto-estima. Não prendia e matava todos os inimigos, até soa a elogio, mas paralizava-os acabando por eliminar os riscos.
 Ao longo da existência da RDA, República Democrática da Alemanha, (DDR em alemão) cerca de dois milhões de pessoas actuaram como espiões, e 90.000 trabalharam no Ministério, sem mencionar os inúmeros informadores “não oficiais”.
 O filme "As vidas dos outros" em certa medida, dá-nos uma ideia de como funcionava o sistema.

Nota: O PCP colaborou activamente com a STASI, tanto antes de 74 como logo após a revolução. Se o comunismo triunfasse em 75 teríamos vivido sob um sistema muito semelhante ao dos alemães orientais. 
Contudo, a STASI foi dirigida para as antigas Províncias Ultramarinas pela mão do PCP com o impacto que se conhece.

2ª Nota: Há varios outros livros bem melhores sobre a STASI, mas em inglês e alemão, destacando o bestseller "Stasiland, Stories from Beheind the Berlin Wall", de Anna Funder que não existe em português ~ Nookie Island

Na China comunista, todas as práticas religiosas foram banidas. O comunismo tornou-se a religião de Estado e os líderes do PCC entronizados, deificados e adorados. . Mas debaixo de tanta opressão, a semente do cristianismo brotou e mantém-seviva. Deus é vermelho percorre pequenos vilarejos e grandes cidades, trazendo narrativas emocionantes e assombrosas sobre dezenas de milhões de cristãos chineses que vivem a fé debaixo do duro regime socialista. Indo de casa em casa, reunindo-se às escondidas, vivendo à margem da religião oficial do Estado, assim caminham os cristãos chineses. Correndo perigo de prisão, castigos e até morte, assim vivem os que desafiam o regime para manter e cultivar a fé em Jesus Cristo. Conversas sussurradas, códigos cifrados, bíblias e material evangélico contrabandeado.

Deus é vermelho é o relato tocante e desafiador de uma Igreja viva num dos regimes mais fechados ao culto religioso. Liao Yiwu mostra nesta obra uma perspectiva nova sobre a força e a importância do Evangelho para pessoas simples e abnegadas, que se arriscam a morrer sem negar a sua fé.

Liao Yiwu está refugiado em Berlim, Alemanha, onde conseguiu asilo político após fugir da perseguição política do regime chinês. ~ Nookie Island

O que geralmente se designa por confronto Leste-Oeste desenvolve-se também em África. Angola é um exemplo típico. 
O Acordo do Alvor, assinado pelos três movimentos nacionalistas e Portugal, previam uma transição pacífica para a independência. Mas tal como noutros lados, os comunistas não estavam dispostos a partilhar o poder: organizados no MPLA, arrogaram para si a 'legitimidade' do poder e escolheram a via da guerra civil.
Financiado e armado pela URSS, apoiado pelas tropas cubanas, o MPLA tenta, desde então, impor em Angola um regime marxista-leninista, conforme os desejos de Moscovo. E conseguiu com os resultados desastrosos conhecidos para o seu povo. ~ Nookie Island

Este livro aborda os acontecimentos ocorridos no dia 27 de Maio de 1977. Militantes, simpatizantes, amigos e familiares dos "purgados", dezenas de milhares de pessoas, passaram por cadeias, campos de concentração. Muitos foram mortos após aterradores interrogatórios ou em fuzilamentos sumários. É impossível compreender os acontecimentos do 27 de Maio sem recordar a história do Partido Comunista Marxista-Leninista de Angola, o MPLA e de um "outro" MPLA, que se constitui à margem, bem como os métodos do comunismo aplicados nesta purga. Este livro tenta cruzar toda a informação e tenta descrever o que terá sido o 27 de Maio de 1977 e como esses acontecimentos afectaram a política do país. ~ Nookie Island

O horror de um período em que homens e mulheres se animalizaram para sobreviver a um mal sem precedentes. Em 1929, Stalin lançou uma política de colectivização da agricultura que expulsou milhões de camponeses das suas terras e levou-os a quintas colectivas. O resultado foi a mais letal fome na história da Europa, conhecida como Holodomor. Pelo menos 5 milhões de pessoas morreram entre 1931 e 1933 na União Soviética. A região da Ucrânia foi a mais afetada, com mais de 3 milhões de mortos, mas não apenas pelas políticas agrícolas catastróficas do Estado soviético, mas do uso que fez da fome como arma de extermínio, para se livrar de um problema político e, em vez de enviar auxílio, trabalhou deliberadamente para exterminar a população Ucraniana, fechando as fronteiras da República e confiscando toda a comida disponível. 
Nesse processo, não foram eliminados “somente” milhões de indivíduos, mas também a autonomia, a cultura milenar e a própria identidade dos ucranianos. ~ Nookie Island

Este livro foi a primeira grande síntese de informações sobre o comunismo publicada num formato acessível e popular. 
Quem quiser entender o comunismo nos seus fundamentos e na sua práxis deve começar por aqui.

Publicado pela primeira vez em 1958, altura em que muito pouca coisa era clara para os ocidentais, americanos mas também europeus, quanto aos planos de ação do movimento comunista. Não havia estudos organizados e traduções confiáveis dos documentos soviéticos acessiveis ao público em geral estando restritos aos intelectuais, muitos deles comunistas. Foi literatura informativa de base para os cidadãos do Ocidente, consciencializando as pessoas sobre o assunto.

Num livro simples e de fácil leitura, que resume dezenas de livros sobre o tema e muitos deles de autores comunistas, podemos clarificar toda a incrivel história do comunismo.

As edições mais modernas tem um conjunto de novas abordagens, a mais impressionante delas é o plano das 45 metas do movimento comunista. Incrivel a rapidez com que quase todas foram já alcançadas, excepto uma. ~ Nookie Island

O que levou um país rico, o mais rico da América do Sul, dono das maiores reservas de petróleo do planeta, ao colapso financeiro e institucional? Hugo Chávez.

Neste livro, o jornalista Leonardo Coutinho revela – com base em milhares de páginas de documentos, muitos deles secretos, e mais de uma centena de entrevistas em dez países – como as ações de Hugo Chávez que alimentou o tráfico de droga, financiou o terrorismo, e criou um regime socialista que destruiu e continua a assombrar o seu povo. 
Mas há chagas por todo o mundo, desde a explosão da violência na América Central e no México até ao financiamento de organizações terroristas como o Estado Islâmico.

O regime da Venezuela é apenas a face mais evidente de uma rede de organizações políticas e criminosas de matriz socialista, criadas ou alimentadas por Hugo Chávez, como parte do seu sonho de construção de um mundo novo.

Chávez quis mudar o mundo e conseguiu: deixou-o muito pior do que quando o encontrou. ~ Nookie Island

Neste livro que não está traduzido para português, há edições em francês e inglês, Furet analisa a história do comunismo desde a Grande Guerra até aos nossos dias. Das paixões que despertou nos intelectuais até à queda na realidade atroz dos crimes, fome, miséria e morte do comunismo soviético. O próprio Furet foi na sua juventude militante comunista, empenhado e agarrado à esperança desta ilusão, até que finalmente aceitou a realidade, depois da Invasão de Praga em 1956. Ai questionou-se sobre o engano que viveu, e como tal foi possível entre tantos intelectuais por toda a Europa.

Na sua análise histórica, encontra alguns paralelismos e antagonismos do comunismo, fascismo e nacional socialismo, que explica como diabólicos gémeos que se desenham e constroem na violência e na guerra.
''Transferiram para a política as lições das trincheiras: a familiaridade com a violência, a simplicidade das paixões extremas, a submissão do indivíduo ao colectivo, e finalmente a amargura das futilidades ou dos sacrifícios traídos."

Furet percorre todo o século XX, a Grande Guerra, o nascimento em 1917 , a II GM, o pós guerra e a sombra sobre o leste, o Mcartismo nos EUA, a Guerra Fria, as descolonizações, o comunismo islâmico, etc, descrevendo o pensamento ideológico comunista, os vários renascimentos intelectuais adaptados, mas também construídos sobre os símbolos do reportório comunista original. Todas estas gerações viveram ilusões, esforçando-se por não querer ver as atrocidades, massacres, tirania e terrorismo, ou ouvir as revelações de Solzhenitsyn, entre outros.

E no final o que resta? Segundo Furet, menos de nada. "O que resta dos regimes nascidos" na Revolução de Outubro "é o que tentaram destruir". "A ilusão comunista termina porque termina o comunismo". ~ Nookie Island

As reivindicações do socialismo não são conclusões morais derivadas das tradições que constituíram a ordem ampliada e tornaram a civilização possível. 
Pelo contrário, empenham-se em destruir essas tradições e trocá-las por um sistema moral planeado racionalmente, cuja atracção depende do apelo instintivo às soluções que promete. 
Elas supõem que, se as pessoas foram capazes de gerar um sistema de regras coordenando os seus esforços, elas devem agora ser capazes de elaborar um sistema novo, ainda melhor e mais compensador. 
Mas se a espécie humana deve a sua existência a uma forma específica de conduta baseada em regras de eficácia comprovada, ela deixa de ter a opção de escolher outras, apenas em prol da agradabilidade aparente dos seus efeitos imediatos visíveis.

A disputa entre a livre escolha do "homem livre" e o "homem novo" do socialismo é tão só uma questão de sobrevivência. 
Seguir a moralidade socialista destruiria grande parte da humanidade presente e empobreceria todo o resto hipotecando gravemente o seu futuro.

O socialismo nunca funcionou e levou ao retrocesso civilizacional, desagregação social, miséria e morte, por todos os lugares onde passou. Trata-se de uma utopia com resultados nefastos comprovados. ~ Nookie Island